terça-feira, 1 de março de 2016

Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates



O que foi:

A Conjuração Baiana ocorreu no ano de 1798 (final do século XVIII) na Bahia. Teve influência dos ideais da Revolução Francesa, sendo um movimento emancipacionista, mas mesmo assim defendeu importantes mudanças socais e políticas para a população.
A Conjuração Baiana é também chamada de Revolta dos Alfaiates, pois muitos destes profissionais participaram do movimento.
(Conjuração: manter conspiração contra o Estado, isto é, interpor ao poder vigente).

Causas:

Uma das maiores causas foi a insatisfação com o preço de alimentos e de produtos básicos e fundamentais para a sobrevivência, também havia a reclamação da privação e escassez de alguns alimentos, os quais eram julgados como “apenas para os nobres da realeza”.
A população não estava de acordo com o governo da Metrópole (Portugal) sobre o Brasil, e em consequência disso o pensamento e a vontade de independência tornava-se cada vez mais atrativo, sendo fortemente comentado entre a população.



Principais ideias:

As principais ideias eram muito comentadas entre as pessoas para motivá-las a ingressarem na causa que podemos listar, entre as principais:
·        Defender a emancipação (liberdade) política do Brasil, ou seja, exterminar o pacto colonial com Portugal;
·        Tornar-se república;
·        Liberdade comercial nacional e internacional;
·        Abolir a escravidão;
·        Fim dos privilégios sociais;
·        Aumento de salário para os soldados.

Principais líderes e participantes:

Os líderes dos quais mais há registros são das seguintes pessoas:
·        O político e médico Cipriano Barata;
·        O soldado Luíz Gonzaga das Virgens, que trabalhou divulgando os ideais da Conjuração Baiana, buscando maior apoio da população;
·        Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento.
Todos lideraram fortemente os ideais e as causas desse movimentos.
Também fizeram parte da revolta muitos pertencentes à população dos pobres, letrados, profissionais liberais, padres, escravos, ex-escravos e comerciantes.

Por que a Conjuração Baiana não aconteceu?

A revolta estava devidamente marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o que aconteceria para o governador, relatando o dia e a hora que a revolta ocorreria.
O governo baiano organizou as forças militares para impedir o movimento antes que este ocorresse. Vários participantes da revolta foram presos, muitos foram expulsos do Brasil, porém os quatro principais líderes foram executados na ironicamente chamada Praça da Piedade em Salvador como exemplo e aviso para toda a população.
E mesmo não obtendo o sucesso almejado, a Conjuração Baiana é considerada um marco importante, colocando em evidência as principais questões sociais do pais e o impulsionando para o surgimento de campanhas abolicionistas dentro do Brasil.
Giovana Schutzenhofer


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